A viúva e o papagaio, de Virginia Woolf e ilustração de Anisabel Sá Fernandes
Este conto esconde outra grande
história. A história de Quentin Bell e do seu irmão, os sobrinhos de Virginia
Woolf , e do jornal que faziam todos os dias para a família, quando Quentin
tinha doze ou treze anos. Um jornal que incluía ilustrações, reportagens,
entrevistas e uma enorme quantidade de artigos, quase como um verdadeiro
jornal.
Anos mais tarde, Quentin
descreveria as visitas da sua tia Virginia como «uma cálida brisa vinda de
sudoeste, que nos enchia de uma espécie de espantosa energia». Naturalmente,
como era escritora, as crianças pediram-lhe uma colaboração para o seu jornal.
O resultado foi A Viúva e o Papagaio, um conto infantil sobre o amor aos
animais, que a sua tia fez especialmente para esta ocasião. As crianças
atiraram-se a esta história de enredo surpreendente.
Muito tempo mais tarde, Quentin
editou o livro com ilustrações do seu filho Julian.
Hoje em dia, o conto é um clássico e a tia de
Quentin, aquela mulher que entrava em sua casa como uma cálida brisa de
sudoeste, é considerada uma das maiores escritoras de todos os tempos, e a sua
obra continua a ser lida e admirada em todo o mundo.
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