sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Contra a Violência Escolar



Definições, incidência e causas da violência em Portugal

João Amado & Isabel Freire

Em Portugal existem duas abordagens diferentes na investigação sobre a violência na escola. Na primeira, enquadram-se os estudos sobre a indisciplina, tomando como objecto as diferentes situações e comportamentos (sejam violentos ou não) que não estão em conformidade com as regras de carácter escolar e social vigentes em cada escola. Na segunda abordagem, foca-se a violência como um fenómeno específico, realçando o seu carácter social e psicológico.

O comportamento violento distingue-se doutros tipos de comportamento pelo impacto negativo, tanto físico como emocional, que tem sobre aqueles a quem se dirige; ou seja, a violência implica a intenção deliberada de causar dano a outrem e, neste sentido, representa um problema disciplinar específico das escolas.

A violência na escola traduz-se numa grande diversidade de comportamentos anti-sociais (qualquer forma de opressão ou de exclusão social, agressões, vandalismo, roubo) que podem ser desencadeados quer por alunos quer por outros elementos da comunidade escolar. Estes problemas são, normalmente, associados quer a baixos níveis de tolerância quer a dificuldades no desenvolvimento moral e na auto-estima das vítimas e dos agressores. O fenómeno da violência está, também, intimamente associado aos princípios fundamentais da democracia e à defesa dos direitos humanos.

O problema do "maltrato entre iguais" (bullying) pode ser visto como um aspecto particular da violência na escola que, segundo a definição proposta por Olweus (2000), ocorre "quando um aluno ou uma aluna são expostos, repetidamente e durante um período de tempo, a acções negativas por parte de um ou mais alunos". A designação "maltrato entre iguais" deve ser usada quando existe uma relação assimétrica de poder entre alunos. Este tipo de agressões pode ser levado a cabo quer por um aluno individualmente quer por um grupo.

Os estudos sobre o "maltrato entre iguais" revelam que este fenómeno atinge tanto os adolescentes como as crianças, constituindo, assim, uma grande preocupação para os educadores, dada a sua influência no desenvolvimento dos alunos.

Em Portugal, tal como em outros países, as raparigas são com maior frequência vítimas de agressões indirectas (como seja a exclusão social, rumores pejorativos, entre outras) enquanto que os rapazes são mais frequentemente vítimas de agressões físicas e de ameaças.
No que se refere à forma específica de violência designada por "maltrato entre iguais" (ou bullying), as principais causas parecem ser psicológicas. Geralmente, tanto as vítimas como os agressores manifestam baixa auto-estima e têm um fraco poder de influência nas relações interpessoais com os pares. As vítimas, normalmente, não têm amigos, apresentam uma aparência física mais frágil do que a dos seus pares e são muito protegidos pelos pais. Normalmente, os pais dos agressores e das vítimas não estão ao corrente da situação e isto torna esta mesma situação mais problemática.

Convém também fazer referência a outros tipos de violência que afectam a escola, como sejam os grupos organizados ou gangs; nestes casos, as causas parece estarem, normalmente, associadas a problemas económicos, sociais e étnicos, como, famílias disfuncionais e destruturadas, pobreza, racismo ou outros tipos de discriminação sistemática, e modelos sociais violentos propagados pelos media.

Alguns investigadores têm salientado o impacto da cultura e clima de escola e outros aspectos associados com a sua estrutura e dinâmica interna, que contribuem para a redução ou aumento da violência. Em Portugal tem-se verificado o desenvolvimento de programas de intervenção na escola que adoptaram esta perspectiva no combate à violência (intervenção nos recreios, desenvolvimento da relação escola-comunidade-família, por exemplo).

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Uma proposta divertida!

Divulgo aqui uma obra que, numa reunião recente de professores bibliotecários, me foi apresentada por um deles.
90 Livros Clássicos para pessoas com pressa promete causar sensação e fazer soltar umas boas gargalhadas! O conceito é muito simples: como o próprio título indica, é uma compilação de 90 clássicos abordados de forma muito leve e transmitindo o essencial de cada um. Cada história é exposta numa espécie de banda desenhada, em 4 quadradinhos onde se coloca a essência de cada livro. É óptimo para aqueles que não têm tempo e que desconhecem as grandes obras de literatura .
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Atenção: nunca dispensará a leitura das obras! Será uma forma divertida de motivar para a sua leitura!
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Alguns dos 90 livros incluídos são:
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-Dracula, de Bram Stoker;
-Fahrenheit 451, de Ray Bradbury;
-First Blood (Rambo), de David Morrel;
-O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald;
-As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift;
-À Boleia pela Galáxia, de Douglas Adams;
-100 Anos de Solidão, de Gabriel Garcia Marques;
-I Am a Legend, de Richard Matheson;
-Romeu e Julieta, de William Shakespeare;
-Orgulho e Preconceito, de Jane Austen;
-Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick;
-A Morte do Caixeiro Viajante, de Arthur Miller;
-D. Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes y Saavedra;
-O Festim Nú, de William S. Burroughs;
-Watchmen, de Alan Moore;
-O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Há vida na biblioteca

Porque ler é um enorme prazer, a VISÃO Júnior, o Plano Nacional de Leitura e a Rede de Bibliotecas Escolares, criaram uma iniciativa que pretende mostrar a toda a gente como funcionam hoje as bibliotecas das escolas. E permite, a quem participa, treinar competências que também são úteis nos trabalhos da escola.

As próximas duas fases desta iniciativa são as seguintes:

1 - Mostra que és bom a resumir – Resumir o artigo sobre a Croácia publicado na VISÃO Júnior do mês de Janeiro (entregar os trabalhos até ao final de Março através do e-mail vjuniorbibliotecas@impresa.pt , e indicar o nome da escola, do grupo e do professor responsável);

2 - Mostra que és bom a escrever – Decorre durante todo o ano lectivo, com prazo de entrega até final de Abril de 2010. Cada equipa tem de fazer uma reportagem sobre a biblioteca da sua escola.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Beleza

Da palavra, da cor,da imagem, ...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

2010 - Ano Internacional da Biodiversidade

As Nações Unidas lançaram em Montreal uma campanha mundial de sensibilização para a salvaguarda da biodiversidade, dando início às comemorações do Ano Internacional da Diversidade Biológica 2010, declarado pela Assembleia-geral da ONU, pretendendo com ela “celebrar a diversidade da vida na Terra e contrariar a perda da biodiversidade no mundo”. Estima a ONU que o ritmo de extinções é “alarmante” (mil vezes o ritmo que seria natural), sublinhando que “Esta perda é causada pelas actividades humanas e agravada pelas alterações climáticas”.
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O tema da campanha – “A biodiversidade é a vida. A biodiversidade é a nossa vida” – sublinha o “papel crucial da natureza no apoio à vida na Terra, incluindo a nossa”.

O Ano Internacional da Diversidade Biológica será inaugurado no Brasil e na Alemanha.

A 20 de Setembro de 2010, a Assembleia-geral da ONU será um evento crucial preparará a Cimeira da Biodiversidade de Nagoya, em Outubro de 2010, onde os governos definirão os objectivos e etapas para contrariar a perda da biodiversidade.

O ano terminará em Kanazawa, no Japão, em Dezembro de 2010 com uma cerimónia que marca o início do Ano Internacional das Florestas 2011.