Vamo-nos movendo, para cumprir a tradição, celebrar o ritual, viver a quadra, fazer as últimas compras e a troca de prendas, melhorar a consoada, comemorar a festa, religiosa, da família, com mais ou menos espírito natalício, (re)descobrindo em nós o prazer de dar e receber, de nos reunirmos com os nossos ( até com familiares que vivem
longe ou com quem não nos relacionamos, por diferentes razões) e de visitar ou receber amigos.
Recordamos, inevitavelmente, todos os familiares e amigos que, tendo já despido esta forma corpórea, que nos reveste e nos desgasta, largaram esta realidade, há mais ou menos tempo, e deles muito sentimos a sua falta e saudades, nesta quadra do ano. E, no caso de perda recente de algum ente querido, decerto sabemos, à partida, que o Natal será mais triste, não se encontrando vontade nem motivos para festejar. Então, é quando pensamos nos que ainda nos restam, que amamos e nos amam e que estão ao pé de nós, e resolvemos celebrar o milagre de estarmos vivos e próximos.
Sinto que o Natal se tornou mais um hábito, esvaziado do verdadeiro sentido cristão, e limitado por tendências meramente consumistas (parece que este ano menos, devido à tão anunciada crise económica).
Porém, é quando nos dedicamos mais ao Semelhante, a praticar o Bem, a Fraternidade e a Partilha, contribuindo, na medida das nossas posses, para alguma das tantas campanhas de solidariedade que nos chegam nesta altura, através dos meios de comunicação social ou dos correios.
É altura de dádiva mas também de excessos alimentares (em que nos deliciamos com inúmeras e hipercalóricas iguarias) e alcoólicos.
É quando se ouve aqueles lugares comuns: “Natal é sempre que um homem quiser“, “Natal é todos os dias “, “Desejo para este Natal Paz e Amor “, “O Natal é das crianças”, entre outros.
É tempo de fazer o balanço do ano, que está prestes a terminar, e de fazer planos optimistas e bem intencionados para o Novo Ano.
Lembro-me que, quando era miúda, o Natal tinha um sabor especial. A minha mãe pegava em mim e no meu irmão e levava-nos até à mata de São Domingos de Benfica, para apanharmos musgo para o presépio. Era sempre um passeio aprazível e, ao mesmo tempo, um passeio higiénico e libertador do exíguo e bafiento terceiro andar onde morávamos e de invejas e mesquinhez de vizinhas.
Depois, vinha o divertimento de decorar o pinheiro de Natal, cujo aroma a natureza e cujas luzes coloridas inundavam a sala, e de construir o presépio, o mais completo possível e com imensas figurinhas e vários planos. Era um autêntico desafio à nossa criatividade e paciência…
À noite vinha a consoada especial e reforçada e a hora de ir à Missa do Galo. Eu adorava o momento de abrir as prendas e adorava ouvir os cânticos de Natal.
Chegada a este final de 2008, quero deixar aqui os meus votos de Boas Festas, usando as palavras promissoras das crianças, quando lhes perguntam o que desejam para esta quadra. “ Que este Natal possa trazer ao mundo Paz e Amor” e as palavras esperançosas dos adultos:”Que o próximo ano seja melhor que este”.
E empregando as minhas próprias palavras:
Que a magia do Natal possa encher os nossos corações, todos os dias, todas as horas, e operar um milagre…o de sermos melhores seres humanos.
Que o verdadeiro espírito de Natal nos acompanhe e se faça sentir, pelas palavras e actos, de uns para com os outros, em cada dia.
3 comentários:
Os meus parabens para a autora deste blog :)))
Mais um Natal está aí….
Vamo-nos movendo, para cumprir a tradição, celebrar o ritual, viver a quadra, fazer as últimas compras e a troca de prendas, melhorar a consoada, comemorar a festa, religiosa, da família, com mais ou menos espírito natalício, (re)descobrindo em nós o prazer de dar e receber, de nos reunirmos com os nossos ( até com familiares que vivem
longe ou com quem não nos relacionamos, por diferentes razões) e de visitar ou receber amigos.
Recordamos, inevitavelmente, todos os familiares e amigos que, tendo já despido esta forma corpórea, que nos reveste e nos desgasta, largaram esta realidade, há mais ou menos tempo, e deles muito sentimos a sua falta e saudades, nesta quadra do ano. E, no caso de perda recente de algum ente querido, decerto sabemos, à partida, que o Natal será mais triste, não se encontrando vontade nem motivos para festejar. Então, é quando pensamos nos que ainda nos restam, que amamos e nos amam e que estão ao pé de nós, e resolvemos celebrar o milagre de estarmos vivos e próximos.
Sinto que o Natal se tornou mais um hábito, esvaziado do verdadeiro sentido cristão, e limitado por tendências meramente consumistas (parece que este ano menos, devido à tão anunciada crise económica).
Porém, é quando nos dedicamos mais ao Semelhante, a praticar o Bem, a Fraternidade e a Partilha, contribuindo, na medida das nossas posses, para alguma das tantas campanhas de solidariedade que nos chegam nesta altura, através dos meios de comunicação social ou dos correios.
É altura de dádiva mas também de excessos alimentares (em que nos deliciamos com inúmeras e hipercalóricas iguarias) e alcoólicos.
É quando se ouve aqueles lugares comuns: “Natal é sempre que um homem quiser“, “Natal é todos os dias “, “Desejo para este Natal Paz e Amor “, “O Natal é das crianças”, entre outros.
É tempo de fazer o balanço do ano, que está prestes a terminar, e de fazer planos optimistas e bem intencionados para o Novo Ano.
Lembro-me que, quando era miúda, o Natal tinha um sabor especial. A minha mãe pegava em mim e no meu irmão e levava-nos até à mata de São Domingos de Benfica, para apanharmos musgo para o presépio. Era sempre um passeio aprazível e, ao mesmo tempo, um passeio higiénico e libertador do exíguo e bafiento terceiro andar onde morávamos e de invejas e mesquinhez de vizinhas.
Depois, vinha o divertimento de decorar o pinheiro de Natal, cujo aroma a natureza e cujas luzes coloridas inundavam a sala, e de construir o presépio, o mais completo possível e com imensas figurinhas e vários planos. Era um autêntico desafio à nossa criatividade e paciência…
À noite vinha a consoada especial e reforçada e a hora de ir à Missa do Galo. Eu adorava o momento de abrir as prendas e adorava ouvir os cânticos de Natal.
Chegada a este final de 2008, quero deixar aqui os meus votos de Boas Festas, usando as palavras promissoras das crianças, quando lhes perguntam o que desejam para esta quadra. “ Que este Natal possa trazer ao mundo Paz e Amor” e as palavras esperançosas dos adultos:”Que o próximo ano seja melhor que este”.
E empregando as minhas próprias palavras:
Que a magia do Natal possa encher os nossos corações, todos os dias, todas as horas, e operar um milagre…o de sermos melhores seres humanos.
Que o verdadeiro espírito de Natal nos acompanhe e se faça sentir, pelas palavras e actos, de uns para com os outros, em cada dia.
É a minha prece.
Espero que Deus a oiça.
Cristina Aguiar
2008/12/25
Benvinda, Cristina!Bela reflexão a tua sobre o Natal! A tua prece é também a minha! E Deus vai ouvi-la!
Bjs
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