A 19 de Agosto de 1982, numa sessão extraordinária de emergência sobre a questão da Palestina, "consternada perante o grande número de crianças palestinas e libanesas que foram vítimas inocentes dos actos de agressão de Israel", a Assembleia Geral das Nações Unidas instituiu o dia 4 de Junho Dia Mundial das Crianças Vítimas de Agressão.
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Decorridos vinte e oito anos, a tragédia é vivida em todo o mundo por milhões de crianças que sofrem os mais diversos e cruéis tipos de agressão: física, psicológica, sexual, …
Decorridos vinte e oito anos, a tragédia é vivida em todo o mundo por milhões de crianças que sofrem os mais diversos e cruéis tipos de agressão: física, psicológica, sexual, …
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Denominado por muitos Século da Criança, o século XX foi palco de grandes conquistas que foram, em grande parte, possíveis graças aos estudos de psicólogos, educadores e sociólogos, que trouxeram uma nova “visão” da criança.
Denominado por muitos Século da Criança, o século XX foi palco de grandes conquistas que foram, em grande parte, possíveis graças aos estudos de psicólogos, educadores e sociólogos, que trouxeram uma nova “visão” da criança.
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Que seja agora (não esperemos por mais um século!) o tempo de nos redimirmos da indiferença, do silêncio, da cumplicidade, da resignação, da inacção, fazendo o que cada um e a todos cabe: denunciar, tomar partido, agir!
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Sobre a criança, deixo-vos este excerto de Rosto Precário de Eugénio de Andrade:
Que seja agora (não esperemos por mais um século!) o tempo de nos redimirmos da indiferença, do silêncio, da cumplicidade, da resignação, da inacção, fazendo o que cada um e a todos cabe: denunciar, tomar partido, agir!
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Sobre a criança, deixo-vos este excerto de Rosto Precário de Eugénio de Andrade:
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“… a sua relação com o mundo não é a da utilidade, mas a do prazer. Elas não conhecem ainda os dois grandes inimigos da alma, que são, como disse Saint-Exupéry, o dinheiro e a vaidade. Estas frágeis criaturas, as únicas desde a origem destinadas à imortalidade, são também as mais vulneráveis — elas têm o peito aberto às maravilhas do mundo, mas estão sem defesa para a bestialidade humana que, apesar de tanta tecnologia de ponta, não diminui nem se extingue.
O sofrimento de uma criança é de uma ordem tão monstruosa que, frequentemente, é usado como argumento para a negação da bondade divina. Não, não há salvação para quem faça sofrer uma criança, que isto se grave indelevelmente nos vossos espíritos. O simples facto de consentirmos que milhões e milhões de crianças padeçam fome, e reguem com as suas lágrimas a terra onde terão ainda de lutar um dia pela justiça e pela liberdade, prova bem que não somos filhos de Deus.”
“… a sua relação com o mundo não é a da utilidade, mas a do prazer. Elas não conhecem ainda os dois grandes inimigos da alma, que são, como disse Saint-Exupéry, o dinheiro e a vaidade. Estas frágeis criaturas, as únicas desde a origem destinadas à imortalidade, são também as mais vulneráveis — elas têm o peito aberto às maravilhas do mundo, mas estão sem defesa para a bestialidade humana que, apesar de tanta tecnologia de ponta, não diminui nem se extingue.
O sofrimento de uma criança é de uma ordem tão monstruosa que, frequentemente, é usado como argumento para a negação da bondade divina. Não, não há salvação para quem faça sofrer uma criança, que isto se grave indelevelmente nos vossos espíritos. O simples facto de consentirmos que milhões e milhões de crianças padeçam fome, e reguem com as suas lágrimas a terra onde terão ainda de lutar um dia pela justiça e pela liberdade, prova bem que não somos filhos de Deus.”
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