Matriculou-se no curso de Letras da Universidade de Lisboa, mas desistiu, indo trabalhar para a loja de ferragens que seu pai tinha na Rua dos Bacalhoeiros.
Começou a publicar poesias no Diário de Notícias, no Diário da Tarde, no Ocidente, entre outros. Adoecendo gravemente, fixou-se na quinta da família em Linda-a-Pastora. Morreu, com 31 anos, vítima de tuberculose.
Foi graças aos esforços do seu amigo Silva Pinto que as suas poesias foram postumamente publicadas em volume com o título O Livro de Cesário Verde.
Começou a publicar poesias no Diário de Notícias, no Diário da Tarde, no Ocidente, entre outros. Adoecendo gravemente, fixou-se na quinta da família em Linda-a-Pastora. Morreu, com 31 anos, vítima de tuberculose.
Foi graças aos esforços do seu amigo Silva Pinto que as suas poesias foram postumamente publicadas em volume com o título O Livro de Cesário Verde.
De tarde
Naquele pique-nique de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.
Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.
Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o Sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia.
Mas, todo púrpuro a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!
Gostaria de proporcionar-vos estas palavras na voz de João Villaret, mas o poema não está no You Tube, estão muitos outros, mas não este.
Sem comentários:
Enviar um comentário