Há umas semanas atrás, a revista Domingo Magazine (suplemento do Diário do Notícias) deu destaque à questão da literacia da informação num artigo intitulado Geração Copy/Paste.
Dele constavam algumas das conclusões de um estudo em Ciência da Informação, A Literacia informacional no Espaço Europeu do Ensino Superior (EEES): estudo da situação das competências da informação em Portugal, coordenado por Armando Malheiro, da Universidade do Porto.
Dele constavam algumas das conclusões de um estudo em Ciência da Informação, A Literacia informacional no Espaço Europeu do Ensino Superior (EEES): estudo da situação das competências da informação em Portugal, coordenado por Armando Malheiro, da Universidade do Porto.
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Aqui ficam alguns dados:
- Os jovens de hoje são exímios utilizadores dos computadores e da internet mas nem por isso são gente mais informada. Pelo contrário. Apesar de 99 por cento deles possuírem e manipularem as novas tecnologias, manifestam uma confrangedora incompetência ao nível da pesquisa, selecção, tratamento e transformação da informação que seleccionam;
- A pesquisa mostra que ao excelente apetrechamento e manuseamento tecnológico dos jovens não se alia um bom desempenho das competências e capacidade na busca e uso da informação no quadro definido pelo Espaço Europeu de Ensino Superior (EEES) e da sociedade da informação/conhecimento;
Citando Armando Malheiro:
- Os jovens de hoje são exímios utilizadores dos computadores e da internet mas nem por isso são gente mais informada. Pelo contrário. Apesar de 99 por cento deles possuírem e manipularem as novas tecnologias, manifestam uma confrangedora incompetência ao nível da pesquisa, selecção, tratamento e transformação da informação que seleccionam;
- A pesquisa mostra que ao excelente apetrechamento e manuseamento tecnológico dos jovens não se alia um bom desempenho das competências e capacidade na busca e uso da informação no quadro definido pelo Espaço Europeu de Ensino Superior (EEES) e da sociedade da informação/conhecimento;
Citando Armando Malheiro:
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Procurámos alargar o conceito de literacia no sentido de perceber não apenas como é que as pessoas buscam informação, mas também o tipo de necessidades que as levam a procurá-la e o modo como elas se relacionam com o meio envolvente, nomeadamente, a escola e a família. Saber que atenção é dada nas universidades – e se ela foi, ou não, já prestada no secundário – ao processo de busca, selecção, uso e transformação eficiente de fontes de informação diversas é a grande questão colocada pela pesquisa.
Ficam satisfeitos com os primeiros resultados das buscas. Manifestam uma postura acrítica das fontes e dos resultados obtidos, observa o investigador, apontando uma eventual explicação para Sentem-se auto-suficientes porque dominam o acesso e as condições de acesso tecnológico. A possibilidade e facilidade de acederem como e sempre que quiserem a um manancial gigantesco de dados parece conferir aos jovens um forte sentimento de apropriação da informação, libertando-os das tarefas mais duras de aquisição do conhecimento.
Ficam satisfeitos com os primeiros resultados das buscas. Manifestam uma postura acrítica das fontes e dos resultados obtidos, observa o investigador, apontando uma eventual explicação para Sentem-se auto-suficientes porque dominam o acesso e as condições de acesso tecnológico. A possibilidade e facilidade de acederem como e sempre que quiserem a um manancial gigantesco de dados parece conferir aos jovens um forte sentimento de apropriação da informação, libertando-os das tarefas mais duras de aquisição do conhecimento.
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Bibliotecários, professores bibliotecários, professores, pais e outros que lidam com jovens eos acompanham não terão ficado surpreendidos com estes resultados inscrevendo essa preocupação, no caso das escolas, nos projectos educativos como uma das áreas de intervenção e ocupando lugar de destaque nos planos de acção das bibliotecas escolares. Ganhas que estão as competências informáticas e digitais, é agora a designada competência informacional que se constitui como desafio.
Bibliotecários, professores bibliotecários, professores, pais e outros que lidam com jovens eos acompanham não terão ficado surpreendidos com estes resultados inscrevendo essa preocupação, no caso das escolas, nos projectos educativos como uma das áreas de intervenção e ocupando lugar de destaque nos planos de acção das bibliotecas escolares. Ganhas que estão as competências informáticas e digitais, é agora a designada competência informacional que se constitui como desafio.
A constatação de que Nunca tanta informação produziu tão pouco conhecimento exige que cada um de nós sinta este desafio como seu.
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