12 de Fevereiro é o Dia Internacional Contra a Utilização de Crianças-Soldados
Ainda que o número de crianças-soldados tenha diminuído nos últimos anos, estima-se que ainda existam 250 mil menores de idade envolvidos em conflitos em todo o mundo. Pelo menos 24 países e territórios empregam dezenas de milhares de crianças nos seus exércitos e em grupos armados.
As crianças-soldados continuam a ser usadas como combatentes, mensageiros, trabalhadores domésticos e escravos sexuais nos quatro continentes, sofrendo e testemunhando não só maus tratos físicos, mas também emocionais, como a morte violenta dos seus pais ou de parentes próximos, separação das suas famílias, actos de tortura e o abandono das suas casas e comunidade.
«As crianças-soldados são ideais porque não protestam, não esperam ser pagos e se os mandam que matem, eles matam», constata um oficial do Exército Nacional do Chade à organização Human Right Watch (HRW) que, precisamente há um ano atrás, lançou a campanha Mãos Vermelhas pedindo aos países e à ONU que aumentassem os seus esforços para acabar com a utilização de crianças-soldado em conflitos e lembrando o tratado ratificado por 126 países, que proíbe o recrutamento e o uso forçado de menores de 18 anos em conflitos armados.
Ainda que o número de crianças-soldados tenha diminuído nos últimos anos, estima-se que ainda existam 250 mil menores de idade envolvidos em conflitos em todo o mundo. Pelo menos 24 países e territórios empregam dezenas de milhares de crianças nos seus exércitos e em grupos armados.
As crianças-soldados continuam a ser usadas como combatentes, mensageiros, trabalhadores domésticos e escravos sexuais nos quatro continentes, sofrendo e testemunhando não só maus tratos físicos, mas também emocionais, como a morte violenta dos seus pais ou de parentes próximos, separação das suas famílias, actos de tortura e o abandono das suas casas e comunidade.
«As crianças-soldados são ideais porque não protestam, não esperam ser pagos e se os mandam que matem, eles matam», constata um oficial do Exército Nacional do Chade à organização Human Right Watch (HRW) que, precisamente há um ano atrás, lançou a campanha Mãos Vermelhas pedindo aos países e à ONU que aumentassem os seus esforços para acabar com a utilização de crianças-soldado em conflitos e lembrando o tratado ratificado por 126 países, que proíbe o recrutamento e o uso forçado de menores de 18 anos em conflitos armados.
Os números chocantes desta tragédia:
- cerca de 20 milhões de crianças foram forçadas a abandonar as suas casas e a procurar protecção em países vizinhos ou em outros locais no seu país devido aos conflitos e às violações de direitos humanos;
- mais de 2 milhões de crianças morreram em resultado directo de conflitos armados ao longo da última década;
- pelo menos 6 milhões de crianças sofreram ferimentos que as deixaram permanentemente marcadas;
- mais de 1 milhão ficou órfão ou separado das suas famílias;
-todos os anos, entre 8 000 e 10 000 crianças são mortas ou mutiladas em consequência da explosão de minas.
A tragédia de duas crianças nestas imagens:
...
Em Uma Longa Caminhada: Memórias de Um Menino Soldado, Ishmael Beah, hoje com vinte e sete anos, conta-nos a sua história: com doze anos, fugiu a um ataque de rebeldes e vagueou por um país tornado irreconhecível pela violência. Com treze, foi recrutado pelo exército do governo e, embora no seu íntimo fosse um rapaz meigo, descobriu que era capaz de actos verdadeiramente terríveis. Com dezasseis anos, foi afastado dos combates pela UNICEF e, com a ajuda dos funcionários do centro de reabilitação aprendeu a perdoar-se, a recuperar a sua humanidade e, por fim, a sarar.
Um testemunho assustador e comovente!
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