Ainda que o número de crianças-soldados tenha diminuído nos últimos anos, estima-se que ainda existam 250 mil menores de idade envolvidos em conflitos em todo o mundo. Pelo menos 24 países e territórios empregam dezenas de milhares de crianças nos seus exércitos e em grupos armados.
As crianças-soldados continuam a ser usadas como combatentes, mensageiros, trabalhadores domésticos e escravos sexuais nos quatro continentes, sofrendo e testemunhando não só maus tratos físicos, mas também emocionais, como a morte violenta dos seus pais ou de parentes próximos, separação das suas famílias, actos de tortura e o abandono das suas casas e comunidade.
«As crianças-soldados são ideais porque não protestam, não esperam ser pagos e se os mandam que matem, eles matam», constata um oficial do Exército Nacional do Chade à organização Human Right Watch (HRW) que, precisamente há um ano atrás, lançou a campanha Mãos Vermelhas pedindo aos países e à ONU que aumentassem os seus esforços para acabar com a utilização de crianças-soldado em conflitos e lembrando o tratado ratificado por 126 países, que proíbe o recrutamento e o uso forçado de menores de 18 anos em conflitos armados.
Os números chocantes desta tragédia:
- cerca de 20 milhões de crianças foram forçadas a abandonar as suas casas e a procurar protecção em países vizinhos ou em outros locais no seu país devido aos conflitos e às violações de direitos humanos;
- mais de 2 milhões de crianças morreram em resultado directo de conflitos armados ao longo da última década;
- pelo menos 6 milhões de crianças sofreram ferimentos que as deixaram permanentemente marcadas;
- mais de 1 milhão ficou órfão ou separado das suas famílias;
-todos os anos, entre 8 000 e 10 000 crianças são mortas ou mutiladas em consequência da explosão de minas.
A tragédia de duas crianças nestas imagens:
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Um testemunho assustador e comovente!
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